A great part of texts that permeate contemporary life are almost invariably not seen by human eyes. They are texts made for machines to read. Texts that record information, from the minuscule “pictorial element” (PIXEL), which form the mosaics that shine on the screens of monitors and electronic panels, to the complex set of instructions and procedures that allow us to generate and manipulate information (PROGRAM). The exhibition asks itself: what does the poet (“he-that-makes”, from the Greek POIEIN = to make, to produce) do in a context where frontiers between letters and numbers, images and sounds, etceteras and etceteras, are increasingly porous?
A maior parte dos textos que permeiam a vida do homem contemporâneo passa quase que invariavelmente desapercebida ao seu olhar. São textos que se destinam à leitura por parte de máquinas. Textos que registram informação: do minúsculo “elemento de imagem” , que compõe os mosaicos que brilham na tela de monitores e painéis eletrônicos, ao conjunto
complexo de instruções e procedimentos que nos permitem gerar e manipular informação . Esta exposição se pergunta: o que faz o poeta (“aquele-que-faz”, do grego POIEIN = fazer, produzir) num contexto que torna cada vez mais porosas as fronteiras que separam letras de números, imagens de sons, etceteras de etceteras?