Portuguese

By Luciana Gattass, 23 October, 2012
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326-333
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Record Status
Description in original language
Abstract (in original language)

A criação de nova arenas da representação com a entrada onipresente do duplo virtual das redes telamáticas (web-internet) amplifica o espectro da perfomance e da investigação cênica com novas circuitações, navegações de presenças e consciências na rede e criação de interescrituras de textos. Com uma imersão em novos paradigmas de simulação e conectividade, em detrimento da representação, a nova cena das redes, dos lofts, dos espaços conectados desconstrói os axiomas da linguagem teatro: atuante, texto, púbico – ao vivo, num único espaço, instaurando o campo do pós-teatro.

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A contaminação do teatro pelas artes visuais, cinéticas e eletrônicas dá um novo salto com a emergência das redes telamáticas que permeiam uma comunicação em tempo real e uma extensão do corpo e da presença, que é eminentemente performatizada.

By Luciana Gattass, 23 October, 2012
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Abstract (in original language)

Tive a idéia de escrever este trabalho a partir da necessidade de registrar alguns aspectos conceituais relevantes da produção poética dos meios digitais, desde que Philadelpho Meneses e eu concebemos o Interpoesia e o lançamos em formato de CD-ROM no ano de 2000, na Universidade Presbiteriana Mackenzie, na I mostra Interpoesia. Para evitar as “pirotecnias de performance”, como diria Paulo Leminski, este trabalho pretende apontar minha trajetória na produção de conteúdo analítico e teórico que chamei de Poética das Hipermídias, caminho decorrente de um fazer desde a criação do conceito do termo Interpoesia. Assim, a continuidade desta pesquisa e da práxis na produção hipermidiática se fixam como ponto importante no cenário da produção poética brasileira que utiliza suporte digital. Produzindo criticamente desde a minha parceria com Philadelpho Meneses; hoje, dou continuação a esta produção, com a instituição da qual faço parte, a Universidade Presbiteriana Mackenzie, abrindo as portas para pesquisadores, professores, artistas, poetas e discentes, para integrar áreas não apenas na poética, mas na criação de índices que servirão para a investigação de outros campos do conhecimento.

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É lógico que esse processo de expansão - escrita expandida - não se dá apenas pela propagação do conhecimento desta tecnologia, difusão de uma cultura digital, mas pelo uso desta como manifestação do fazer hipermidiático, levado adiante pelos artistas, poetas, filósofos, educadores e muitos outros que encontraram nesses softwares de autoria uma nova forma de se fazer compreender ou experimentar. Hoje, a forma de difusão dêmica é dada de maneira somente não presencial – tumbleweed – mas migrando de uma entidade para outra podendo intervir no significado do outro. Phillipe Bootz (2003, p.5-6) chama a atenção para este processo quando fala sobre o conceito do interpoesia, “manipulando fluxos de signos moventes entre diferentes sistemas semióticos e que seu papel consiste em domesticar as possibilidades estéticas [...] como uma nova área de leitura”. Prossegue Bootz, citando um trecho do Manifesto Digital: Surge uma poesia que coloca o público como agente principal na criação e intervenção, na maneira de ler e de se obter novos signos a todo instante. Assim nasceu a Interpoesia, um exercício intersígnico que deixa evidente o significado de trânsito sígnico das mídias digitais, desencadeando o que se pode denominar de uma nova era da leitura (AZEVEDO apud. BOOTZ, 2004, p.5,6).

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