"Calar-se não é ser mudo, é recusar falar, portanto falar ainda". (Jean-Paul Sartre)
Por entre os processos centrípetos/centrífugos de rarefacção que permeiam a comunicação, uma sequência de processos palavrofágicos por meio do qual a palavra é devorada, mastigada, digerida e devolvida, para de novo ser engolida. Apresentando-se sob a forma de três variações – “Absorção” (instalação fotográfica), “Devoração” (publicação em papel e tinta comestíveis), “Consumição” (interface digital) – a série “PALAVROFAGIA” pretende explorar possibilidades intermediais e transliterárias de representação da palavra poética. Da visão háptica na fotografia/cromatografia ao toque háptico na poesia digital, passando pela multisensorialidade do livro comestível, esta série sugere uma contaminação constante entre tecnologias analógicas e digitais, representada por três formas geométricas mutáveis de disposição da palavra.